-Tudo bem?-perguntou ele.Eu estava quieta demais, o rosto fechado
-Você é feliz?-pergunto.
-Depende do que você chama de feliz.
-Acho que eu não sou.A vida inteira estive no chamado Pais das Maravilhas e eu sempre soube que tinha um mundo lá fora.E eu sabia que necessitava dele.É por isso que vou sempre que posso a galeria do rock.Me sinto...
-...voltando a respirar.
Por um momento ele parece sério, mas com uma expressão tão... compreensiva.éÉcomo se ele tivesse acabado de dizer o segredo do Triângulo das Bermudas.De alguma maneira foi isso.Ele foi o único em anos que entendeu o que eu queria dizer.
-Eu sei o que você quer dizer, porque... Tem um vazio aqui dentro-susurrou ele, enquanto dirigia concentrado.
-Você já se apixonou, para tentar resolver isso?-perguntei.
-Eu nunca me apaixono.
-Por que?
-Eu sou o tipo de cara que quebra corações.O tipo que todo pai entraria em depressão se eu namorasse suas filhas-disse ele rindo.
-Sério?
-É.Eu realmente nunca me apaixonei.Não de verdade... Pelo menos até agora.
-Mas já se apaixonaram por você.Isso não foi uma pergunta.
-E você?
-Nunca entendi bem o amor.
-Idem.
-Chegamos-avisou ele.
-Ciao!-aceno, ele dá uma businadinha.
Eu me viro para a estrutura imponente.
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