domingo, 26 de fevereiro de 2012

Voltando a Respirar-Capitúlo

    Depois de pegar uma café no Boça's (boça de boçal, porque o dono é um retardado), sentei num banco e comecei a pensar no... Qual o nome dele mesmo?Eu fiquei tão abismada com o que ele havia falado...Ah,Alejandro.

-Hum... Alejandro, Cat?Então quer dizer que se mais novo motorista é um espanhol-italiano de sangue quente?Pela descrição... E pelo nome... Ah, Meu Deus será que ele me dá um carona na beira da estrada?-perguntou Glória, dona da loja de CDS, e minha melhor amiga.

-Para de pensar assim... Eu, eu...-gaguejei.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Voltando a Respirar-Capitúlo 2

-Tudo bem?-perguntou ele.Eu estava quieta demais, o  rosto fechado
-Você é feliz?-pergunto.
-Depende do que você chama de feliz.
-Acho que eu não sou.A vida inteira estive no chamado Pais das Maravilhas e eu sempre soube que tinha um mundo lá fora.E eu sabia que necessitava dele.É por isso que vou sempre que posso a galeria do rock.Me sinto... 
-...voltando a respirar.
Por um momento ele parece sério, mas com uma expressão tão... compreensiva.éÉcomo se ele tivesse acabado de dizer o segredo do Triângulo das Bermudas.De alguma maneira foi isso.Ele foi o único em anos que entendeu o que eu queria dizer.

-Eu sei o que você quer dizer, porque... Tem um vazio aqui dentro-susurrou ele, enquanto dirigia concentrado.

-Você já se apixonou, para tentar resolver isso?-perguntei.

-Eu nunca me apaixono.

-Por que?

-Eu sou o tipo de cara que quebra corações.O tipo que todo pai entraria em depressão se eu namorasse suas filhas-disse ele rindo.

-Sério?

-É.Eu realmente nunca me apaixonei.Não de verdade... Pelo menos até agora.

-Mas já se apaixonaram por você.Isso não foi uma pergunta.

-E você?

-Nunca entendi bem o amor.

-Idem.


-Chegamos-avisou ele.

-Ciao!-aceno, ele dá uma businadinha.

Eu me viro para a estrutura imponente.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Voltando a Respirar-Capitúlo 1

Oi, eu sou Catarinna Miopiolla.Quem eu sou?Vamos começar com o que a aconteceu.18\06/2004.
Eu estava dirigindo, tentando não pensar.Porque se eu pensasse... Me viria a cabeça as memórias.E eu voltaria, e isso era a última coisa que queria.Eu abandonei Roma, para nunca mais voltar.Vamos voltar melhor aonde tudo começou.
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-Não.Eu quero outdors, nada de só páginas de revista.Minha filha tem anos de experiência, vocês querem que ela se resuma isso?Chega!Nada de comercial, então!-Esbravejou minha mãe, desligando o telefone.

Me levantei.Como ela podia ser tão obsessiva com a minha maldita carreira???Eu nunca havia me erguntado se gostava daquilo.Não, eu não gostava.Detestava.Desde meu primeiro comercial de fraldas, não parei... 

-Espera, Catarina!De táxi você não vai a lugar algum.O motorista novo chegou.Está no jardim de traz.
-Mas eu só vou dar uma volta na Galeria.Não é longe.
-Você não vai para aquela Galeria de vandâlos.O nome daquele lugar é Galeria do Rock, sendo assim... A música deles é feita para matar,é coisa do demônio.
Viu???Ela sempre foi louca, rica, pobre de espiríto e preconceituosa.Eu ignoro, coisa que fiz a vida inteira.
Sair pela varanda sempre foi meu esporte favorito.Em poucos minutos estou no jardim de tras procurando o tal motorista, que vai me levar para a galeria.Já!
Dou um passo a frente e vejo.Ele não é como imagino.Não é velho.Não é barrigudo.Muito pelo contrario, o filho-da-mãe tem a minha idade, um cavanhaque por fazer, cerca de um metro e noventa de estrutura, e cara de... bad-boy.
-Alejandro Marescotii, ao seu despor.
-Oi-digo com a voz nervosa-desculpa perguntar, mas... Gente, você é tão...
-Alto?É, sou sim.Você tem quanto?Um metro e oitenta?
-Um metro e oitenta e sete.
-Gigante, também.Então para onde a senhorita vai.
-Pode me chamar de Cat.E vamos até a Galeria do Rock.
-Bom... Tem certeza?
-Como assim?
-Eu ouvi sua mão dizer que...
-...eu não podia ir.Mas eu vou.E esse vai ser nosso segredo.
Ele sorri.Seu sorriso é tão... Incrível que por um momento se ele não divesse dito ''vamos'', eu teria ficado ali para sempre.Ele abre a porta de tras para mim.Eu a fecho  e digo:

-Vou na frente.
Ele sorri, contrariado e diz:

-Você não é muito fácil de questionar, certo?

-Exatamente.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Nada

 Uma tela em branco.Barulho de água correndo.Meus pés tocam o piso gelado, e não se vê transformação alguma.A simples arte de estar na sala sozinha.Pensando sobre o nada.O imenso vazio, que talvez venha depois dessa vida... A imensa solidão, que não doí, que não machuca.Por que?Talvez , por que seja o nada.
Quem sabe o que vai acontecer agora?Quem sabe o que vai acontecer daqui alguns anos?Talvez... Nada.Ah, você deve estar pensando, que sou louca, que sou doida, mas dê uma olhada.Pode ser que não aconteça nada. São em momentos como esse em que o tédio não vem, junto com qualquer outro sentimento.Momentos em que você percebe o quanto é bom a beleza de uma falta de significado.
Um significado que não te chama para descobrir a razão, a solução.Isso é o fascinante.
Quem sabe, eu não sou só a boba que gosta de pensar sobre a vida no início do ano???Quem sabe???
Pronto.Fim do nada.O ''quem sabe'' em tom de mistério levantou a dúvida desaparecida, e o nada caiu.
Mas foi bom cortejar esse minímo showsinho da vida.Faz bem, meu anjo.
Minutos de calma uma vez por dia.Faz bem.Agora levanto-me para as dúvidas da vida.Levanto-me para o tudo.Entre o tudo ou nada, eu amo os dois.Porque?Porque cada um dá uma reflexsão.



domingo, 5 de fevereiro de 2012

A fresta nos nossos céus

   Sentimentos tão profundos, que recomendo não  imaginar.Dor.A fresta em nossos céus.Um dos livros que estou lendo agora, é O céu está em todo lugar.Me indentifiquei com a personagem.Um amor imenso.E me sinto exatamente como ela.Jogada no centro da vida, sem saber de nada.Ela tem motivos, eu não.No caso de Leannie, o sol não aparece.No meu, aparece.Mas... Não se está bem. É TRISTE... O tempo não passa.

Ela foi embora

    Deveria... Não, não deveria.Não deveria nem ter deixado os dias se arrarstarem depois.Nem  fazer pose de ser-humano ferido, logo depois.Deveria ter levantado a cabeça, visto tudo de um jeito leve.Esquecer o ''jogada fora.''Apagar o preto, talvez tudo tivesse sido mais normal.Talvez... Não sei.Ela deveria ter acreditado no fim.Mas não mudar nenhuma decisão.Foi bom, isso.

      Seria mais.Santa Ingênuídade.Perdidos na própria ingenuidade.Ninguém chora agora.O tempo não cura, mesmo.Mas foi bom não ter sido.Ela passou a borracha foi em frente, talvez não esqueça.Ferida.Muito, mas bem.Se analisar a historia não tem motivo para balaançar a cabeça em sinal negativo.

      Ela foi embora.Não chegaram a tempo.Ela abandonoue não se arrepende.Porque não imagina susurros de pureza, PALAVRAS SINCERAS.Existem?Claro.Mas, elas se foram.Ela lutou para ter a vantagem.A vantagem que não queria.A experiência que não a ajudava em nada.Mas foi bom.
   
     Na vida, na prática talvez o ''jogada fora'', ''superei isso,''amadureci'' e o famoso ''que bom que não foi'', sirvam para alguma coisa.

    E depois de pesarosas três primaveras, invernos, verões, lágrimas, sorrisos, livros,cds, a maturidade  não desejada, feliz pele moça ter lutado por ela, lhe deu de recompensa, em compensação, pensamentos de ouro.Valiosos.Guardados a dez chaves.

    Ela foi embora, e nunca vai voltar ao que era.Se tem alguma coisa para lembrar da menininha aparentemente inôcente?Claro, que tem.O coração de ouro, que juntos com os pensamentos maduros do mesmo material valem mais do que olhos reveladores e cristalinos.Valem mais do que sentir raivinha de coisas reveladoras que machucam.Valem mais do que a poesia de se sentir atingida pela dor.E ela abraça e perdooa aquilo que na verdade nunca se quer a fez mal.

    Coração de ouro.Pensamentos maduros.É.Eles realmente valem muito.

Obrigada experiência, obrigada maturidade.

Na frigideira

  Calor infernal no Rio de Janeiro, ninguém merece.Acabei de tomar um banho gelado.Dane-e a rinite.Dane-se a sinusite.Dane-se a bronquite.Viva o banho gelado.Ai que inferno, está tão quente que não consigo encontrar nada de inteligente para de dizer e ainda por cima está passando um inferno de uma ambulância com um inferno de uma sirene.Aí, o telefone tá tocando.

   -Alô.

-Oi, princesinha.

-Oi, tia Luciana.Você não imagina o calor que  tá aqui.

-Mas, aqui  em Porto Alegre tá terrível.

Papo vem, papo vai, minha mãe está falando com sua irmã (minha tia) agora.

    Enfim, agora estou digitando furiosamente.''My girl, my girl, don't lie to me, teel me where did you sleep last night?In the pines, in the, where the sun will never shine, I would shiver the woule night through...''.Nem as sábias palavras de My girl, em uma das vozes mais puras, de um anjo caído:Kurt Cobain (descanse em, paz, querido), me acalma.Smells Like Teen Spirit, eu só escuto quando estou de bom-humor, porque se não... O espírito do Kurt desce em mim, e fico com vontade de quebrar a casa inteira.
    Cherish!Ótima música.Linda e enérgica, porém...:Renato ou Madonna?Qual das vozes?Renato.Depois, um pouco de My Chemical Romance, e que tal Papas da Língua?Ela não pensou, não acreditou, foi cíume  
sim... Adoro Disco Rock.
   AH, OBRIGADA AQUELE QUE INVENTOU A MÚSICA!!!





quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

''Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas''

Estamos 
tão ocupados que esquecemos todos os laços de família.

     O incinamento mais precioso do primeiro livro que eu li, o Pequeno Princípe, foi o que me disse que eu me tornava responsável por todos os laços que eu cativava.Imagino, que se sou responsável por uma coisa tão importante (eu considero isso importante), que eu tenho que cuidá-la.Não é que tem acontecido, com algumas pessoas.Se esquece da época em que desejou, sonhou, se divertiu, sorriu mais, foi mais feliz?Eu não esqueci.

    Foi o tempo perdido nos momentos bons, que o deixaram tão importante, além do que aconteceu.Tic, tac, o tempo passa.Sou jovem, mas sei que não vou ser assim para sempre. Se eu não prestar atenção em ninguém, que me importe, o que vou ter no final?Já cheguei a um ponto que eu comecei a descreer em algumas coisas, e só a observar.Foi melhor assim.E agora que observo posso me olhar de fora e ver que apesar das pessoas que eu amo serem tudo para mim, continuo completamente individualista.Isso me assusta.

    O fato de eu estar desacreditando calmamente no amor(algo que nunca senti então como posso saber se ele tem um fundo de verdadede), tem me deixado mais livre.E individualista.Livre como o vento.Mas eu ainda amo as pessoas.Amigos e família...E muito.Mas,por enquanto, quero saber o que são os sentimentos, melhor.
   
      Tudo tem sua hora.E aí vou ver se existe só o amor por amigos e família, ou se existe amor, aquele amor de novela.Mesmo assim, vou continuar responsável  pelos meus laços.