quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Voltando a Respirar-Capitúlo 1

Oi, eu sou Catarinna Miopiolla.Quem eu sou?Vamos começar com o que a aconteceu.18\06/2004.
Eu estava dirigindo, tentando não pensar.Porque se eu pensasse... Me viria a cabeça as memórias.E eu voltaria, e isso era a última coisa que queria.Eu abandonei Roma, para nunca mais voltar.Vamos voltar melhor aonde tudo começou.
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-Não.Eu quero outdors, nada de só páginas de revista.Minha filha tem anos de experiência, vocês querem que ela se resuma isso?Chega!Nada de comercial, então!-Esbravejou minha mãe, desligando o telefone.

Me levantei.Como ela podia ser tão obsessiva com a minha maldita carreira???Eu nunca havia me erguntado se gostava daquilo.Não, eu não gostava.Detestava.Desde meu primeiro comercial de fraldas, não parei... 

-Espera, Catarina!De táxi você não vai a lugar algum.O motorista novo chegou.Está no jardim de traz.
-Mas eu só vou dar uma volta na Galeria.Não é longe.
-Você não vai para aquela Galeria de vandâlos.O nome daquele lugar é Galeria do Rock, sendo assim... A música deles é feita para matar,é coisa do demônio.
Viu???Ela sempre foi louca, rica, pobre de espiríto e preconceituosa.Eu ignoro, coisa que fiz a vida inteira.
Sair pela varanda sempre foi meu esporte favorito.Em poucos minutos estou no jardim de tras procurando o tal motorista, que vai me levar para a galeria.Já!
Dou um passo a frente e vejo.Ele não é como imagino.Não é velho.Não é barrigudo.Muito pelo contrario, o filho-da-mãe tem a minha idade, um cavanhaque por fazer, cerca de um metro e noventa de estrutura, e cara de... bad-boy.
-Alejandro Marescotii, ao seu despor.
-Oi-digo com a voz nervosa-desculpa perguntar, mas... Gente, você é tão...
-Alto?É, sou sim.Você tem quanto?Um metro e oitenta?
-Um metro e oitenta e sete.
-Gigante, também.Então para onde a senhorita vai.
-Pode me chamar de Cat.E vamos até a Galeria do Rock.
-Bom... Tem certeza?
-Como assim?
-Eu ouvi sua mão dizer que...
-...eu não podia ir.Mas eu vou.E esse vai ser nosso segredo.
Ele sorri.Seu sorriso é tão... Incrível que por um momento se ele não divesse dito ''vamos'', eu teria ficado ali para sempre.Ele abre a porta de tras para mim.Eu a fecho  e digo:

-Vou na frente.
Ele sorri, contrariado e diz:

-Você não é muito fácil de questionar, certo?

-Exatamente.

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